Apercebi-me, hoje, como se já não o soubesse, que existia uma réstia de sono, mesmo à tarde... Constatei, ainda, que de todos era o que menos cansaço e vontade de dormir tinha... Ossos do ofício.
Penso que todos nós amamos o que fazemos e não reclamamos desses ossos, só observamos, constatamos, reflectimos, quando o acaso o proporciona. O trabalhar de manhã, à tarde, as noites, feriados, Sábados, Domingos, Natal e afins. Entra no nosso DNA profissional e replica-se para o DNA pessoal e infecta a "genética" social, familiar e afectiva. Pensamos, ou queremos pensar, que os nossos queridos "infectados" nos compreendem, nos apoiam e que entendem a "mutação" que a nossa profissão presenteia.
Algo no caminho, os ossos do oficio, o cansaço, a distância dos nossos próximos. Tudo isto é colmatado ao olharmos como os colegas demonstram profissionalismo e força para ter bom desempenho, a vontade de resistir às adversidades. Cada colega é contagiado, inconscientemente, por essa motivação colectiva e pessoal de continuar e continuar bem, a fazer bem o seu trabalho, a relegar as dificuldades para o inconsciente.
Talvez o equilíbrio seja possível, já que no inconsciente namoram a motivação e as contrariedades inerentes ao trabalho.
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